domingo, 10 de abril de 2011

A resposta que a sociedade procura está nela mesma

Vivenciamos um momento de extrema preocupação com o futuro de  nossas crianças em meio a tantas incertezas e aberrações que o mundo nos apresenta. Mas sempre ouvimos: " isso é problema nosso ou do Estado?" 
Notícias como a que assistimos na quinta-feira passada (07/04/2011) do ocorrido em uma escola no Rio de Janeiro leva a população a um verdadeiro estado de indignação e revolta não só para com o autor da tragédia mas principalmente com o Estado, que de maneira geral deveria dar segurança aquelas pessoas que foram vítimas.
Em meio a tantas declarações e descobertas que a imprensa trouxe nesses últimos dias acerca da vida do autor desses delitos me resguardei no meu silêncio e comecei a "tentar" entender o porque deste comportamento tão frio e  tão brutal, e mergulhei nas possibilidades que tem um ser humano de praticar tais atos, porém levando-se em consideração que nada  justifica nenhum deles mas que para chegar as suas causas é necessária uma série de acontecimentos desde a vida pessoal até a vida em sociedade.
Como pode uma pessoa não ter amigos, uma família que o acolha e uma sociedade que o aceite como ele é? São perguntas que não querem calar, mas a resposta vem estampada nesse triste episódio que acabamos de ver .
É um tanto audacioso dizer a sociedade que ela tem sua parcela de culpa nisso tudo, pior ainda é dizer que faltou a presença da família na vida deste rapaz e de tantos outros que por ai estão, audacioso porque num meio onde pessoas querem a simples vingança, o sofrer como forma de punir e até mesmo a morte, dizer que a culpa também cabe a estes entes é como se retirasse a culpa dele, não é essa minha intenção, mas mostrar ao meio social que nossas crianças precisam ser cuidadas, bem cuidadas, o que faltou a este rapaz.
Criticar é fácil quando se quer eximir-se de uma culpa que está indiretamente ligada a você, mas que na verdade você acha que" não tem nada a ver com isso", porém suas atitudes contribuem para tais atos. Se meu próximo não tem amigos,porque não posso me aproximar dele e lhe apresentar minha mão amiga? Se meu irmão fora abandonado por sua mãe biológica, porque não mostrar a ele que ele encontrou pessoas que o amam independente da maneira como ele veio à família? 
São estas e outras questões que devem ser discutidas dentro do seio familiar para que nossas crianças sejam protegidas desse mal que vem se mostrando nos últimos tempos, o egoísmo, as pessoas não pensam mais nas dificuldades do  próximo e como ajudá-los, pelo contrário a crítica "destrutiva" fala mais alto e como conseqüência as famílias acham que o Estado deve carregar o peso da culpa como se sua fosse a exclusividade de tutelar essas questões.
Sinto profundamente pelas famílias que perderam seus entes queridos, mas desejo profundamente que o perdão venha até esses corações que sofrem a dor da perda e ao coração da sociedade que precisa analisar seus comportamentos para que possam proporcionar ao próximo uma verdadeira vivência de fraternidade reconhecendo cada um sua parcela de responsabilidade buscando corrigir erros para que possamos evitar tragédias como essa.
O Direito por si só não pode solucionar esses problemas aplicando penas severas dentre outras penas, a sociedade pode fazer melhor evitando que isso venha acontecer.

Um forte abraço,

Karine Mabel.


"O mundo precisa de Amor"

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